Thursday, January 04, 2007

Nem tudo está perdido

Que a filosofia não tenha espaço no mercado de trabalho, é coisa sabida. Que os cursos de filosofia remanescentes, os poucos de universidades católicas, estão fechando as portas, também não é novidade. Quem é da área e leciona em uma universidade dedicou-se aos estudos anos a fio, em muitos casos doutorando-se, mas a situação em que se encontra hoje, em termos profissionais, é péssima. De um lado, aulas esparsas em faculdades particulares, sob a ameaça eterna de desemprego. De outro, universidades públicas de difícil acesso, com poucos concursos e grande demanda. Em meio a isso tudo, políticas educacionais que reduzem as grades curriculares a conteúdos mínimos, voltados para o mercado de trabalho, e que praticamente excluem a filosofia.

Mas, ao que parece, surgiu uma alternativa: empresas americanas estão começando a contratar filósofos como consultores, com o propósito de humanizar as relações de trabalho e atuar em planejamento.

Por enquanto é só uma tendência que, espero, o Brasil copie. Mas acho que vamos ter de esperar muito para ver isso acontecer, se acontecer.

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