Sunday, July 31, 2005

Não inventa

Depois que escrevi o último post, fiquei pensando: se fosse eu montando um álbum de fotografias do zoológico, as fotos estariam dispostas em uma certa ordem, classificadas conforme o assunto e com um código específico, de forma a que eu pudesse visualizar exatamente em que seqüência do álbum se encontra cada foto, sem precisar abri-lo. O código seria o seguinte: Z (para Zoológico, diferenciando de F – Família, A – Amigos, E – ex-namorados, e assim por diante), m para mamíferos (diferenciando, claro, de a – aves, r – répteis etc.), p para paquiderme e, por último, a letra correspondente ao nome do animal específico (por exemplo, e para elefante), seguido de uma numeração, caso houvesse mais de uma foto para cada animal. Assim, cada fotografia traria no canto inferior direito uma etiqueta com um código semelhante a este: Zmpe1. Pronto!

Se alguém me perguntasse onde está a foto da jaguatirica, eu teria imediatamente a imagem mental Zmfj e poderia informar no mesmo instante. Não seria ótimo?

Isso tudo, claro, com uma listagem digitalizada, que eu pudesse imprimir sempre que necessário, e que funcionasse como índice para o álbum. Assim ninguém precisaria sequer me perguntar coisa alguma. Bastaria checar a listagem.

É... Ter um álbum de fotografias dá trabalho.

Ainda bem que o álbum não é meu.

Saturday, July 30, 2005

Posso perguntar qual é a sua graça?

Definitivamente, minha irmã foi animal em outra encarnação.

Conhece alguém que vai ao zoológico só para fotografar os bichos? Acha pouco? E se eu contar que ela montou um álbum de fotografias do zoológico (do zoológico mesmo!), está apoiando uma sociedade protetora dos animais e um dia será vegetariana?

É verdade que ultimamente resolveu que vai fazer um curso para aprender a empalhar animais, mas isto é só um detalhe.

Bem, nessas idas e vindas ela me apareceu com essa lista de nomes de animais pra lá de esquisitos (os nomes) e jura que eles (os animais) existem ou existiram:

Ai-Ai
Ajurucuruca
Alma de gato
Bacurau-tesoura-gigante
Bico-de-lacre
Biturong
Cafezinho
Caga-sebo
Cambaxirra
Carão
Caxinguelê
Cegonha bico de sapato
Corruíra
Cucuruta
Cuiú-cuiú
Cuxiú preto
Dasiurídeo
Diabo da Tasmânia
Formigueiro da lagoa
Fradinho
Fumaça azul
Jamanta
Jaritacaca
Mão pelada
Mejera (ou será “Megera”?)
Mejera-comum
Mumbebo
Opossum
Papa-taoca
Pangolim
Pássaro-do-paraíso-rei-da-saxônia
Patativa do brejo
Peixe-gato de vidro
Peixe-gato invertido
Pequena lavadeira
Picanço
Piriquitambóia
Ptármiga
Quaquica
Rabo ruivo
Saíra apunhalada
Saracura-três-potes
Socó-dorminhoco
Ticódromo
Tirano do paraíso
Trinca-ferro
Trinta-réis
Triste-pia
Tuim
Ventoinha
Vira-pedra

Sunday, July 24, 2005

Só queria entender

Alguém pode me explicar por que todo mundo acha interessante que a palavra “saudade” só exista em português? Não consigo entender qual é a graça nisso. “Porta” também só existe em português, assim como “laranja”, “rascunho”, “estojo” e uma infinidade de outras palavras.

O que faz com que “saudade” seja diferente de “porcaria”? Pensei: talvez seja porque “saudade” não tenha tradução ipsis litteris e “porcaria” tenha. Será? Mas traduzir “saudade” pelo sentido “miss something” não dá exatamente no mesmo? Juro que não entendo.

Em todas as línguas há palavras que são muito próprias da cultura a que servem, ou seja, são produto de uma visão de mundo, com suas singularidades e idiossincrasias.

Por que, no caso de “saudade”, isso é tão extraordinário? Alguém me explica?

Saturday, July 23, 2005

Ah, o amor!

Como meu HD pifou, perdi arquivos e estou muito p. da vida, tenho o pleno direito de descontar em alguém.

Pois está decidido: será em Platão.

Então. Aproveitando a onda de denuncismo, também quero fazer uma denúncia muito séria e verdadeira: PLATÃO ESCREVIA POEMINHAS... ROMÂNTICOS!

Ora, ora... Suspiros apaixonados de um filósofo nada platônico.

Taí a prova, pra quem quiser ver.

...............................................................................................................................................

(29) No quarto livro de sua obra Da Luxúria dos Antigos, Aristipos diz que Platão era apaixonado por um rapaz chamado Aster, que estudava astronomia junto com ele, e também por Díon, mencionado acima, e ainda, como dizem alguns autores, por Faidros. Evidenciam o seu amor os epigramas escritos por ele sobre essas pessoas:

“Olha os astros, meu Aster! Ah! Se eu fosse os céus para contemplar-te com muitos olhos!”

E outro:

Entre os vivos, Aster, brilhavas como a estrela matutina; agora, morto, que brilhes como a estrela vespertina entre os finados!”

(30) E, para Díon o seguinte:

As Parcas decretaram lágrimas a Hecabe e às mulheres de Ílion desde o seu nascimento. A ti, entretanto, Díon, que conquistaste a vitória em belas iniciativas, os deuses reservaram amplas esperanças. Jazes na pátria imensa, honrado por teus concidadãos, Díon, tu que deixaste meu coração louco de amor”.

(31) Dizem que este último epigrama foi gravado sobre a tumba de Díon em Siracusa. Consta ainda que, estando enamorado de Aléxis, e também de Faidros (já mencionado), Platão compôs o seguinte epigrama:

Agora que eu disse ‘Somente Aléxis é belo’, todos o contemplam e por onde passa ele é olhado por todos. Por que, meu coração, mostrar o osso aos cães? Depois sofrerás. Não foi assim que perdemos Faidros?”

Platão também possuiu Arqueanassa, para quem compôs o seguinte epigrama:

Possuo Arqueanassa, cortesã de Colofon; até em suas rugas pousa o amor picante. Ah! Infelizes que colhestes a flor de sua primeira viagem, por que chamas passastes!”

(32) Ele compôs este outro epigrama sobre Agaton:

Enquanto beijava Agaton eu tinha a alma nos lábios, como se ela quisesse – infeliz! – passar por ele!”

E outro:

Lanço-te esta maçã, e se queres realmente amar-me, recolhe-a e deixa-me provar a tua virgindade. Se não pensares assim – que isso não aconteça! – recolhe igualmente a maçã e vê como é breve a beleza!”

E ainda este:

Sou esta maçã, lançada por quem te ama; cede, Xantipe, pois ambos nascemos para fenecer”.

(Diógenes Laércio – Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres. Brasília : UnB, 1977, p. 92 e ss)

.....................................................................................

Quem nunca escreveu um poema, que atire a primeira pedra.

Wednesday, July 20, 2005

Direto do Cemitério

Assim como talvez não haja, dizem os médicos, ninguém completamente são, também se poderia dizer, conhecendo bem o homem, que nem um só existe que esteja isento de desespero, que não tenha lá no fundo uma inquietação, uma perturbação, uma desarmonia, um receio de não se sabe o quê de desconhecido ou que ele nem ousa conhecer, receio duma eventualidade exterior ou receio de si próprio; tal como os médicos dizem duma doença, o homem traz em estado latente uma enfermidade da qual, num relâmpago, raramente um medo inexplicável lhe revela a presença interna.

Soeren Kierkegaard, Desespero Humano.

Monday, July 18, 2005

Coisa de grego (2): a zona

Alguém pode pensar que a zona, ou o que o valha, não foi inventada. É produto do crescimento das cidades, da segregação social, etc e tal. Ledo engano. A zona foi inventada, sim, e seu autor é Sólon, legislador ateniense que viveu no século VI a.C. O mesmo que, quando general, mandou seus soldados se vestirem como mulheres.

Sólon fez diversas reformas. Acabou com a escravidão por dívidas, desvalorizou a moeda, dividiu a população de acordo com a renda, recusou-se a castigar os celibatários (sob a alegação de uma mulher, afinal de contas, é um grande aborrecimento), transformou o ócio em crime (o que é um retrocesso, claro) e, por fim, legalizou a prostituição e determinou que fosse destinado às prostitutas um espaço próprio nas cercanias da cidade de Atenas. Ele entendia que não há crime na prática da prostituição, mas achava que as mulheres que procediam deste modo deviam ser afastadas das esposas e filhas... por via das dúvidas.

Sunday, July 17, 2005

Criptozoologia

Você tem animais em casa? Cachorro, gato, papagaio? Formiga? Cupim, talvez? Quem sabe um pernilongo?

Nada, nadinha mesmo? Engano seu. Há uma enorme população de animais invisíveis em sua casa, em seu bairro, em sua cidade, no mundo inteiro. Invisíveis mesmo, tá? Como os duendes.

Mas não se preocupe. Se eventualmente precisar de ajuda (sabe-se lá), chame os ghostbusters, aqueles cientistas que já vêm com trilha sonora de Ray Parker Jr. Hoje eles atendem pelo nome de criptozoólogos e juram que são seríssimos, mas passam o dia elaborando teses sobre animais ocultos.

Não, não. Isso não tem nada a ver com ocultismo. É ciência mesmo, tá? O único problema é que o objeto de estudo é invisível. No mais, tudo segundo a cartilha. Até mesmo um certo grau de ceticismo, claro.

Para dar sentido ao estudo científico do oculto, eis um belíssimo provérbio tibetano, pleno de sabedoria: “O animal mais astuto é aquele que nenhum homem viu".

Legal... mas bem que esses cientistas podiam ser astutos também.

Desconfio que a máxima tibetana esteja invertida. Não seria mais correto dizer: "o homem mais astuto é aquele que nenhum animal viu"?

Saturday, July 16, 2005

Notícias do Senado... romano

E por falar em Sura, aquele político que teria ajudado Cícero a comprar a casa nova: Plutarco conta, em Vidas Paralelas, que Cornélio Lêntulo (ou Sura) era senador pela segunda vez quando seus deboches e sua conduta infame o levaram a ser expulso do Senado.

Em certa época, Sura (que em latim quer dizer perna) gastou grande parte do erário público sob sua responsabilidade. Chamado pelo Senado a se explicar e a devolver o dinheiro, Sura não se incomodou minimamente. Disse que não tinha contas a prestar, mas, se quisessem, podia apresentar a perna, como fazem as crianças quando cometem alguma falta no jogo. Daí o apelido.

Conta ainda Plutarco que Sura foi processado e tratou de corromper alguns juízes. Quando foi absolvido com a maioria de dois votos, ao invés de ficar feliz e comemorar a vitória, indignou-se com o prejuízo. Bastava a maioria de um voto. Ou seja, pagou dois quando um era suficiente.

Que coisa... Dá até prá ficar com peninha.

Wednesday, July 13, 2005

Voltaire, born again

Qualquer seita, de qualquer gênero, é sempre a aliança da dúvida e do erro. Escotistas, tomistas, realistas, nominalistas, papistas, calvinistas, molinistas e jansenitas, tudo isso são nomes de guerra.

Não há seitas em geometria; ninguém se refere a euclidianos, a arquimedianos.

Quando a verdade é evidente, torna-se impossível a formação de partidos e facções. Nunca se discute se é dia claro ao meio-dia.

----------
François Marie Arouet (Voltaire), filósofo francês, século XVIII.
Dicionário Filosófico - verbete SEITA

Tuesday, July 12, 2005

Fácil ou impossível

Cícero (aquele, de Roma) queria comprar uma casa. Como não tinha dinheiro suficiente, aceitou um presente secreto de dois mil sestércios de Sura, que era na ocasião uma das partes em um julgamento.

Antes que a casa fosse adquirida, o caso foi descoberto e tornado público. Cícero foi acusado de receber propina.

Abalado com o escândalo, é claro que ele negou tudo veementemente: "A acusação que me fazem é tão falsa que, se eu tivesse recebido o dinheiro, teria comprado a casa".

É claro que convenceu.

Logo depois, a compra foi efetuada.

Quando a mentira foi exposta ao Senado, Cícero foi chamado a se explicar. Se não havia recebido propina, com que dinheiro comprara a casa? Era sabido que não tinha o suficiente. Por que mentiria, se houvesse agido corretamente?

Mas Cícero defendeu-se com um argumento inusitado: "Vocês certamente são homens imprudentes se não sabem que um bom administrador de seu lar deve negar que deseja comprar algo, quando há tantos interessados em adquirir a mesma coisa".

Pensando bem, faz sentido: se não demonstra interesse em comprar a casa, o preço cai. Se o preço cai, então o dinheiro que tem será suficiente, o que significa que a propina não é necessária. Portanto, é inocente do que o acusam.

Ele ficou com a casa, sim. E com a fama de bom orador.

...................................
Já dizia o futuro ex-deputado Roberto Jefferson: certas coisas são fáceis ou são impossíveis. Eis aí algo que não é fácil para o PT.

Só não sei se isso é bom ou ruim.

Sunday, July 10, 2005

Ih, sujou! É homem!

Durante muito tempo, atenienses e megários brigaram pela posse da ilha de Salamina. A certa altura, os megários ocuparam a ilha. Sólon foi o general escolhido pelos atenienses para recuperar Salamina. O que fez? Enviou um espião a Mégara, fingindo ser um traidor, para contar sobre a oportunidade única de seqüestrar as mulheres mais bonitas de Atenas, que estariam em um festival em homenagem à deusa Afrodite, no templo dedicado a ela.

De fato, havia o festival. Sim, as mulheres participariam dele; apenas elas. Sim, o festival aconteceria no templo de Afrodite.

Solon precisou apenas substituir as mulheres por homens vestidos de mulheres.

Os navios se aproximaram. À distância, os megários não se deram conta da diferença e, afoitos, se atiraram na água apressadamente. Ao chegar à praia é que perceberam que havia algo errado. Não é que as mulheres tivessem barba, entende? É que não tinham cintura, e...

E tarde demais. Eram homens. Os megários foram mortos e os atenienses utilizaram seus navios para aportar tranquilamente em Salamina. Novo engodo: quem desceu dos navios não foram os megários, como se esperava, mas soldados atenienses, que tomaram a ilha.

A história não conta se ainda estavam usando vestidos.

Saturday, July 09, 2005

Severino Cemitério

Só hoje me toquei que o nome do filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard (1813-1855) corresponde, em português, a algo como "Severino Cemitério".

Soren é o equivalente a Severino. Gaard, em dinamarquês, significa "jardim, pátio" e kierke, igreja. Portanto, 'pátio da igreja', local onde enterravam-se os mortos.

Pois é. Severino Cemitério. Quem diria.

Mas ele não nega, não: filho da velhice [isto é, de pais idosos] e carregando um cemitério no nome, só poderia ser o que sou.

O que será que ele quis dizer com isso?

Friday, July 08, 2005

Transforme seu cérebro

Sim, eu sei. Testes online não significam nada, mas o que posso fazer? Aparece uma pergunta, e lá vou eu marcar ‘x’. Simplesmente não consigo evitar. Eu preciso responder, entende?

Prá piorar, encontrei outro questionário na internet, e descobri que é possível checar se tenho alguma disfunção no córtex pré-frontal (o que quer que isso seja) apenas marcando "x". Perfeito! Respondo a perguntas e ainda checo minha saúde.

Como eu não sabia que tinha um córtex pré-frontal, fiquei mais interessada do que devia, porque o resultado não foi lá grande coisa. Respondi “frequentemente” e “muito frequentemente” à metade das perguntas feitas, o que me coloca no grupo de altíssimo risco. É bastante provável eu tenha alguma disfunção neurológica.

Chato isso, mas fazer o quê, né? A vida segue em frente, apesar dos e-testes.

A vantagem deste auto-teste é que ele vem junto com os segredos da boa nutrição para casos como o meu, de alto índice de respostas erradas (isto, claro, se você conseguir superar a impaciência e for capaz de ler tudo sem ir pulando o que acha que já adivinhou). Mas, se levar a sério a receita, nem pense em fazer o mesmo com o tal foco Mozart. É tortura chinesa. Música clássica três vezes por semana para quem não consegue ficar parado? Menos, menos!

Sunday, July 03, 2005

Os filósofos e os porcos (1)

A propósito de meu coleguinha João de Salisbúria, em cuja companhia passei três anos muito agradáveis: ele me contou que estudou durante 16 anos na Escola de Chartres, na França. Sem concluir os estudos, por falta de recursos, ordenou-se padre e voltou para sua terra natal, a Inglaterra. Vinte anos depois, fugindo dos desmandos de Henrique I, retornou a Chartres.

Encontrou a antiga escola nas mesmas condições em que a deixara: discutindo exatamente os mesmos problemas e ainda sem conseguir resolvê-los.

Para mostrar a inutilidade disto tudo, João lançou o seguinte dilema:

-- O porco que é levado ao mercado está suspenso pelo homem ou pela corda?

Como boa amiguinha que sou, vou examinar as possibilidades:

1. O porco está suspenso pela corda, tese que chamaremos 'artificialista' (já que a corda é algo artificial, não natural);

2. O porco está suspenso pelo homem, tese que chamaremos 'naturalista' (já que o homem é natural, não artificial).

Os defensores do naturalismo dirão que o artificial deriva do natural. Portanto, o que sustenta a corda que sustenta o porco é o homem. Logo, o porco não está, em última análise, suspenso pela corda.

Os defensores do artificialismo dirão que o homem, natural, sustenta a corda, artificial, mas é a corda, artificial, que sustenta o porco, natural. Ou seja, se o natural sustém o artificial, é o artificial que em última instância sustém o natural. Sendo assim, o porco que é levado ao mercado não está suspenso pelo homem.

Ora, se o porco não está suspenso nem pela corda e nem pelo homem, então como é que ele conseguiu chegar ao mercado?

Eis aí um sub-dilema.

Saturday, July 02, 2005

Asinus coronatus

Rex illiteratus est quasi asinus coronatus

(um rei iletrado é quase um asno coroado)

João de Salisbúria, filósofo, 1115-1180. Escreveu o primeiro tratado de filosofia política do período medieval, o Policraticus, de onde foi extraída essa frase.

É o Michael, é o Michael!

Clique no título e observe com atenção o rosto na torrada. É o Michael, não é?

Tem gente jurando que sim. Uma torradeira enviou essa mensagem durante o julgamento. No dia do veredicto, outra fatia de pão saltou de outra torradeira com o aviso: “inocente”.

Então está resolvido. A justiça humana inocentou Jackson, e a divina disse amém. Afinal, é o rei do pop.

Mas que parece, parece...

Não, não procuro essas histórias malucas. Elas é que vêm até mim. Por vontade divina.