Diz Robin Waterfield, em "The first philosophers", que não há educação sem pedagogia, e toda pedagogia é retórica.
Trocando em miúdos, não há educação, nem pedagogia. Só retórica.
Será?
Refletindo melhor, se pedagogia é retórica, há educação, porque aprende-se com a retórica alheia, mesmo que seja retórica.
Afinal, o que mais há para se aprender, quando a pedagogia é retórica?
Má retórica = má pedagogia.
Boa retórica = boa pedagogia.
Tudo isso me soa como uma visão demasiadamente simplista do problema em pauta. A questão pede uma abordagem aprofundada de seus desdobramentos possíveis, que não podem ser ignorados, sob pena de incorrermos na visão simplista e simplificadora enunciada acima. Há que se considerar o fato de que a retórica é frequentemente condição de possibilidade do engano, e não do aprendizado eficaz, que tem em vista o verdadeiro conhecimento. Este, sim, deve ser o objetivo precípuo de toda pedagogia que se quer pedagogia, e não retórica.
O que será tudo isso, senão exercício retórico?
Alguém se importa?
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