O que mais aprecio em Peter Singer, o filósofo australiano, é sua defesa dos direitos dos animais.
Um dos argumentos mais comuns em defesa do uso de animais para alimentação humana é que eles não têm inteligência.
Singer contra-ataca: se a suposta ausência de inteligência serve de argumento, então é mais coerente deixar vivo um cavalo adulto e engordar um bebê humano de dois meses. Afinal, o cavalo adulto é muito mais inteligente que o recém-nascido humano.
Mas, bem entendido: não se trata de matar a criança. Trata-se de mostrar como o argumento é fraco.
No fim das contas, matar um ser vivo para nos alimentar dele não é moralmente correto. A única razão para agirmos assim é estética, o que é uma razão torpe, no contexto.
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