Fui bombardeada hoje com recadinhos do tipo "Deus ama você - clique aqui, aceite Jesus e tenha vida eterna".
Thanks, but no, thanks.
É vírus, com certeza.
Desisti dos emails e fui para a TV. Havia uma reportagem sobre uma romaria próxima à minha cidade. Entrevistaram um dos romeiros, e eis que ouço o brilhante argumento: "Uma família sem fé é uma família sem união, porque é uma família sem Deus, e não existe amor sem Deus. Então uma família sem fé é uma família desunida, sem amor".
Certo. Além da petição de princípio, óbvia, não conheço família unida na fé. Conheço, isto sim, famílias desunidas pela fé. Mas tá bom. Isso é generalização apressada. Vai que existe alguma família fervorosamente feliz. Sei lá. Tudo é possível.
De todo modo, e ainda tratando do post anterior, há sempre um "ex" cheio de orgulho em todo cristão fervoroso: ex-drogado, ex-prostituta, ex-gay, ex-traficante, ex-bêbado, ex-qualquer-coisa. Parece que o "ex" é pressuposto para uma conversão verdadeira: eu fui x, agora sou y.
Meio redundante, eu sei. Mas vai ver que não sou cristã porque não tenho um "ex", a não ser ex-secretária, ex-estudante, ex-funcionária pública etc.
Infelizmente nada disso me recomenda para ser um testemunho da ressurreição em Cristo.
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