Já ouviu falar em cordão umbilical?
Esqueça.
Platão tem uma explicação muito melhor para a existência do umbigo, mas como não é bobo nem nada, a atribui a seu desafeto Aristófanes: trata-se de uma espécie de nó na ponta de uma trouxinha.
Imagine um lençol aberto.
Imagine que você colocou algo dentro dele, para carregar. Roupas, por exemplo.
Agora junte as pontas e amarre-as com um nó.
Pronto, eis o umbigo.
Esclareço: os deuses, por uma razão que explicarei qualquer dia destes, modela os homens (favor não confundir com a história do barro). Como eles eram grandes e são divididos em dois, sobra muita pele. Apolo então estica a pele da barriga, junta as pontas e dá um nó. Ou qualquer coisa que o valha. E assim passamos a ter o que chamamos "umbigo".
Veja a passagem:
"Apolo torcia-lhes o rosto, e repuxando a pele de todos os lados para o que agora se chama o ventre, como as bolsas que se entrouxam, ele fazia uma só abertura e ligava-a firmemente no meio do ventre, que é o que chamam umbigo." (Platão, O Banquete, 190e)
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2 comments:
Esta é uma afirmação dos poetas ou de Sócrates?
Oi Tilhio!
Esta história é contada por Aristófanes, o comediógrafo, no diálogo de Platão.
Obrigada por passar por aqui e escrever.
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