Saturday, April 19, 2008

O segredo do umbigo

Já ouviu falar em cordão umbilical?

Esqueça.

Platão tem uma explicação muito melhor para a existência do umbigo, mas como não é bobo nem nada, a atribui a seu desafeto Aristófanes: trata-se de uma espécie de nó na ponta de uma trouxinha.

Imagine um lençol aberto.

Imagine que você colocou algo dentro dele, para carregar. Roupas, por exemplo.

Agora junte as pontas e amarre-as com um nó.

Pronto, eis o umbigo.

Esclareço: os deuses, por uma razão que explicarei qualquer dia destes, modela os homens (favor não confundir com a história do barro). Como eles eram grandes e são divididos em dois, sobra muita pele. Apolo então estica a pele da barriga, junta as pontas e dá um nó. Ou qualquer coisa que o valha. E assim passamos a ter o que chamamos "umbigo".

Veja a passagem:

"Apolo torcia-lhes o rosto, e repuxando a pele de todos os lados para o que agora se chama o ventre, como as bolsas que se entrouxam, ele fazia uma só abertura e ligava-a firmemente no meio do ventre, que é o que chamam umbigo." (Platão, O Banquete, 190e)

2 comments:

Anonymous said...

Esta é uma afirmação dos poetas ou de Sócrates?

sofista said...

Oi Tilhio!

Esta história é contada por Aristófanes, o comediógrafo, no diálogo de Platão.

Obrigada por passar por aqui e escrever.