Estou atrasadíssima com os posts deste blog. É que nos últimos meses o tempo ficou escasso. Mas logo resolvo isso.
Na semana passada, em uma aula do doutorado, um colega disse ao professor que está escrevendo sobre a proximidade entre as culturas japonesa e grega. Lá pelas tantas, disse que foi ao Japão fazer uma pesquisa de campo. Isso mesmo: foi ao Japão para fazer uma pesquisa de campo.
Puxa, eu não sabia que o Japão era logo ali.
Também não sabia que para se fazer um trabalho teórico desta natureza era preciso ir ao Japão.
Estou perdida. O que faço com minha pesquisa sobre os sofistas, que viveram no século V a.C.?
Terei de inventar uma máquina do tempo?
Vai ver que "pesquisa de campo" virou sinônimo para "sou besta".
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
4 comments:
Ixi! E se esse seu colega ler esse post?
É de doer. Mas pior é contrário, ciência natural feita sem sair de casa. E acontece muito. Cientistas de mãos limpas é coisa que me preocupa bastante.
Oi Tilhio! Puxa, é mesmo. Há uma possibilidade de que o colega procure no google "pesquisa de campo no Japão" e venha parar aqui. Mas neste caso ele apenas ficará sabendo que alguém anda farto da vida acadêmica e suas firulas. :-)))
De qualquer modo, talvez eu retire esse post do blog. É deselegante.
Oi John! De fato, o pior mesmo é um cientista natural teórico. Qualquer idéia pode ser defendida nestes termos. Prá virar verdade, basta estar de acordo com o interesse da maioria. Mesmo assim, acho difícil sustentar por muito tempo uma tese construída deste modo, especialmente nas ciências naturais. Pode citar um exemplo, para que eu pesquise sobre o assunto?
Post a Comment