Platão, o filósofo grego, conta-nos de uma civilização extinta no passado remoto, detentora de grande conhecimento, sabedoria, justiça social e riqueza.
Atlântida pode ser relacionada facilmente com as cinco raças de Hesíodo: houve no passado uma raça superior à nossa, mais próxima da divindade.
É aí que entra o nazismo: a espécie humana já foi superior ao que é hoje, já foi uma "raça" intelectual, moral e esteticamente superior. Onde? Em Atlântida, claro!
Não é invenção minha. Himmler, um dos generais de Hitler, achava que os arianos vieram da cidade perdida e se empenhou árduamente na tarefa maluca de descobrir, entre os alemães, algum descendente dos antigos habitantes de Atlântida.
Hitler não foi o único maluco do III Reich.
Lamentavelmente esse mito, por mais inocente que pareça, já deu ensejo a um romantismo tosco, excludente, às vezes brutal, que começa invariavelmente com uma única premissa: a recusa da condição humana.
Aliás, todo romantismo começa com a recusa da condição humana.
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