Sunday, May 08, 2005

Banho mata

Estava assistindo a um documentário da Discovery sobre Alexandre Magno e lembrei do Vidas Paralelas, de Plutarco. Ele conta, sobre Alexandre, que o homem tinha um hábito muito esquisito e que provavelmente ocasionou sua morte: ele tomava banho frequentemente.

Não houve conspiração para matá-lo, envenenamento por encomenda de Aristóteles, erro médico, fatalidade, nada disso. Ele morreu por causa da sua esquisitisse de tomar banho todo dia: segundo Plutarco, ao se aproximar da Babilônia, Alexandre avistou um rio. Imediatamente, parou a comitiva e foi se banhar antes de entrar na cidade. E ganhou a febre que o matou exatamente aí. No rio.

Dizem que a aversão do Europeu à água vem daí. No século XVII as mulheres tinham de usar pó em excesso no rosto, para esconder a sujeira. O problema é que o pó atraía as moscas. Então, para disfarçar, os modistas da época inventaram uma solução mágica: já que as moscas não iam embora mesmo, o jeito foi desenhá-las no rosto empapado de talco. Assim, nunca se poderia saber se a mosca era original ou fabricada. Engenhoso, sem dúvida. Mas fico pensando: sempre que alguém quisesse ir à ópera teria de contratar um desenhista. Para enganar, a mosca tinha de ser perfeita, claro.

Deve ser por isso que cada família nobre contratava um pintor particular. Para encher o rosto das moças de moscas.

Por outro lado, não era sabido e notório que no rosto de uma bela donzela havia moscas e... moscas?

Olhe só... Acabei de descobrir para quê servia o leque.

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