Thursday, April 05, 2007

Filosofia do zero (3)

PROPOSIÇÃO III: de como o Logos, enquanto logos, compreende em si o Logos e, sendo Logos, nos prova que o eterno é o eterno e os sentidos são os sentidos, de onde se depreende que as idéias inatas recordadas pela razão são mesmo idéias inatas e resultado de um mundo das idéias em que a idéia principal é que a idéia inata é inata nos sentidos

A óbvia complexidade da questão reside no fato de que, se as idéias inatas o são em essência, o zero (que sabemos ser uma idéia inata) pode perfeitamente ser assimilado e digerido pelos discentes, sem a presença incômoda da dor pois, se há dor, o zero é o não-ser e o não-ser é impensável e não dizível. Se o zero nada fosse, não seria zero, mas seria algo e não se pode diminuir nada ao que é nada, nem acrescentar nada ao que nada é. Assim, nada se acrescenta e nada se pode extrair da nota zero.

Da mesma forma, o zero é um pois, se não fosse um, seria dois, ou ainda limitado por outro. Assim, não seria zero. Sendo um, torna-se impossível que seja dois. Portanto, o discente jamais poderá, sob qualquer hipótese, alcançar outro zero, já que provamos que o zero é um só. Se a estatística prova o contrário, a estatística não existe.

Mas, sendo um, só pode ser tudo, pois o que é um é único e engloba todas as coisas. Sendo tudo, deve conter em si a totalidade das idéias inatas, ou não seria tudo. Logo, somente o zero nos permite recordar idéias inatas de inumeráveis zeros pré-existenciais, anteriores ao ingresso no curso de Filosofia.

Assim, o zero tudo é e aquele que é capaz de alcançá-lo, alcança o tudo e o nada concomitantemente, pois no tudo também está o nada. Desta forma, Sendo capaz de alcançar o zero, será capaz também de alcançar o tudo, que é 10.

Pode-se inferir daí, facilmente, que o tudo é o conhecimento absoluto do nada e que o zero não passa de uma inexatidão terminológica.

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