Ninguém pode negar, em sã consciência, que Pascal (filósofo, 1623-1662) fosse dotado de grande senso prático e talento natural para o comércio.
O assunto é a crença em Deus (o que, diga-se de passagem, é infinitamente mais interessante e importante que sua existência), que Pascal resolveu com o seguinte raciocínio:
Situação 1: Você crê em Deus e ele existe.
Resultado: Beleza. Você morre e Deus está ali para recebê-lo e recompensá-lo.
Situação 2: Você crê em Deus e ele não existe.
Resultado: Você morre e nada acontece. Claro, se Deus não existe, você morre mesmo. Podia ser melhor, mas tudo bem. É a vida.
Situação 3: Você não acredita em Deus e ele não existe.
Resultado: Nada de trágico aí. Quando você morrer, não terá de prestar contas de coisa alguma, porque terá morrido mesmo.
Situaçao 4: Você não acredita em Deus e ele existe.
Resultado: Ixi. Quando morrer, vai dar de cara com ele. É que, se Deus existe, o inferno também existe, né?
Pensando bem, é melhor apostar na existência. Isto é: melhor apostar na crença. Vive-se bem e, ao morrer, pode-se viver melhor ainda.
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