Monday, June 25, 2007

Saída pela tangente

Estou lendo Heródoto, historiador grego, considerado o pai da história. Infelizmente, só encontrei os livros 1 e 3. É pena, já que são nove, ao todo. Mas é um começo.

Diz Heródoto (História I, 137-1) que os persas se orgulhavam de nunca ter acontecido, entre eles, de alguém matar o pai ou a mãe. Este tipo de crime era considerado inadmissível, por ser contrário à natureza. Um pai jamais poderia morrer pelas mãos do filho.

Amor filial? Respeito às tradições? Obediência à lei? Receio da danação eterna?

Que nada.

O segredo, segundo o historiador, está na investigação do crime: quando acontecia de alguém matar o pai ou a mãe, a investigação - criteriosa, sem dúvida - revelava que o assassino era, na verdade, filho ilegítimo ou suposto.

Como dizia o sábio Shakespeare, "tudo está bem quando bem acaba".

E Júlio César conclui: "amém".

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