Friday, February 09, 2007

Contradição

Coincidências não existem, claro. Tudo está em conformidade com a vontade de uma força maior, invisível. O que parece coincidência é destino, aviso ou alerta.

Bem, falando sobre Schopenhauer em sala de aula, comentei que, para ele, a esmola que damos aos mendigos só serve para prolongar por mais um dia a sua miséria.

Até aí tudo bem.

Mas eis que, no instante em que termino a frase, um mendigo entra na sala de aula, pedindo esmola (coisa raríssima, aliás, o que reforça o fato de que coincidências não existem. O mendigo conseguiu burlar a vigilância).

Que fazer? Que dizer? Que pensar? Puxa, logo agora? Diante de 50 pares de olhos atentos e curiosos quanto à minha reação? Que coisa!

É, dei a esmola.

Deve ter sido um aviso de que na prática a teoria é outra.

2 comments:

Anonymous said...

Ou que a miséria prolongada não é tão má assim, contanto que ela não apurrinhe mais a aula. :)))) Brincadeira, Sofista.:)))

E agora que o governador daqui deu de usar um chiste de mau gosto nos seus pronunciamentos: "O prato típico do brasileiro é o prato vazio". O que não deixa de ser mentira.

Bjs Sofista.

sofista said...

Anônimo!

Sumiu, ué. Pensei que tinha ido embora prá Pasárgada. :-))))

:-))) Primeiro, houve um silêncio absoluto: todo mundo esperando prá ver como eu ia reagir. Quando decidi dar a esmola, cairam na gargalhada. :-))) Pensei isso mesmo que você disse: melhor prolongar a miséria que deixar o homem atrapalhar a aula. :-)) O assunto continua rendendo risos pelos corredores. :-)))))

O prato típico dos políticos brasileiros é o cheio... de dólares. :-))

Acho que seria bastante esclarecedor reunir todos esses chistes dos políticos em um só volume. Juntos, ficaria evidente o que de fato são.

Bom vê-lo de novo por aqui.

Bjs