Assim não dá.
Sou obrigada, por força das circunstâncias, a falar de Kierkegaard outra vez. O Severino Cemitério, lembra? É que fica difícil resistir. Gosto demais.
Enfim. Estive lendo recentemente o livro The Present Age (na verdade, um artigo um tantinho extenso) e encontrei uma passagem particularmente interessante e atual. Eu poderia resumir o livro dizendo que se trata da análise das relações entre o indivíduo, o público e a imprensa.
Kierkegaard diz o seguinte: o público tem um cãozinho de estimação, a imprensa, cuja função primeira é diverti-lo. Quando alguém tenta ser diferente, o público manda o cachorro atacá-lo. Quando se entedia, ordena ao cachorro que pare, e tudo volta ao normal.
E conclui: é assim que o público nivela.
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