Anônimo (a):
Ainda refletindo sobre a passagem que destacou.
Considerando apenas o objeto: supondo um existente qualquer, numa série finita de manifestações. Em sua primeira aparição, o objeto é obviamente desconhecido para o sujeito. Se a série de aparições for finita, em algum momento o objeto será conhecido inteiramente. Se isso fosse possível, então aquela primeira aparição, quando o objeto era desconhecido, não poderia se repetir (o que é conhecido não pode aparecer como desconhecido).
Então, há quatro possibilidades:
1. O objeto nunca aparece, de nenhum modo.
2. O objeto se mostra imediata e inteiramente ao sujeito.
3. O objeto se revela progressivamente, em uma série finita de aparições, até se revelar inteiramente.
4. O objeto nunca se revela inteiramente.
O primeiro caso é facilmente descartado, porque se o objeto nunca aparecesse ao sujeito, não haveria conhecimento, e basta a afirmação “a é diferente de b” para negar esta hipótese.
O segundo também não é possível, porque implicaria que sujeito e objeto são estáticos, o que sabemos não ser o caso.
O terceiro é absurdo porque, uma vez conhecido o objeto, cessam as aparições (neste caso a ciência algum dia saberia tudo e não haveria nada mais a ser descoberto). Mas o ponto principal é que só conhecemos um objeto quando o conhecemos inteiramente, o que não pode ser (pelas razões apresentadas anteriormente).
5. O quarto item é o único aceitável. Neste caso, é forçoso que a série de aparições seja infinita, porque se o objeto se revela parcialmente a cada momento, só o conhecemos parcialmente. Uma nova aparição sempre é possível.
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1 comment:
Obrigado, Sofista.
Formaram-se novas duvidas...
Boas festas.
bjs
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