Thursday, August 31, 2006

Cruzes (1)

Resolvi aproveitar essa maravilha que é a internet para matar a curiosidade sobre cantores e grupos jurássicos, aqueles anteriores ao advento do clipe e do Michael Jackson.

Como seriam? Ainda vivem? Ainda gravam? Como estariam hoje?

E lá vou eu puxar todo e qualquer arquivo mpg ou avi com todo e qualquer proto-músico (a saber, os nativos das décadas de 60 e 70, particularmente).

O repertório é vastíssimo e, devo dizer, horrendo.

Encontrei o Harry Nilsson novinho, novinho, cantando (e, coitado, tentando dançar) Everybody´s talking. Achei que não era o bastante e fui procurá-lo em gravações mais novas. Encontrei uma pessoa completamente diferente (até a voz parecia ter mudado), comecei a pensar sobre o efeito do tempo no ser humano e tratei de apagar os arquivos.

Encontrei um tal Gilbert O´Sullivan, cantando Alone Again com um cabelo que dispensa uso de chapéu.

Vamos para o próximo?

Lembrei do T-Rex (quem ainda se lembrar de Marc Bolan que atire a primeira pedra) e encontrei, olhe só, Elton John em início de início de começo de carreira, fazendo a percussão do T-Rex. Vou dar um jeito de chantagear o Elton com essa informação, especialmente agora que ele é recém-casado e não vai querer que seu passado venha à tona.

Sim, dei uma olhada na banda de Gary Glitter. Parece que não havia nem proto-estilistas na década de 60.

Pulei para os anos 80 e fui atrás do Lindsay Buckingham. Não vi progresso algum.

Curiosamente, isso me lembrou o ACDC (com o Bon Scott). Jailbreak. Melhor que os outros, mas cometi o engano de empolgar e procurar outros "clipes" da banda. Encontrei o Bon Scott no palco, vestido de chapeuzinho vermelho, gata borralheira, filhinha da mamãe, sei lá, com um dente de ouro enorme. Mudei de idéia. Bobagem. Prá quê ver clipes, né? Melhor só ouvir o CD.

Mas, por falar em dente, lá estava o Dan McCafferty (Nazareth) sem alguns.

Susto mesmo eu tive ao ver pela primeira (e única) vez um clipe do Uriah Heep com o David Byron cantando The Wizard . Imagine o conjunto: calça roxa de bolinha, com um índio desenhado, jaqueta xadrez, bigode Fidel, cabelo farpado e bota branca na altura dos joelhos, com salto agulha e plataforma. Puxa. Essa fantasia deve ter custado uma nota.

Nem é preciso falar do Kiss.

No fim das contas, tudo isso tem sua síntese máxima em Tommy, a ópera-rock.

Já dizia o grande sábio Shakespeare: tudo está bem quando bem acaba.

Amém.

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