Monday, May 22, 2006

Espírito de colecionador

Um dia imaginei que, se lesse 100 livros por ano, ao final de uma década eu saberia muita coisa.

Assim fiz: se um livro mais extenso (p. ex., David Copperfield, de Charles Dickens) me tomasse mais que três dias, o próximo deveria exigir um tempo menor (p. ex., O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway). O mais importante, na ocasião, era que ao final do ano eu conseguisse completar a lista de 100 livros lidos.

Passados alguns anos, descobri que é preferível a qualidade à quantidade, e que minha memória não era tão boa assim: eu já estava esquecendo parte do que lia, o que tornava o propósito de acumular conhecimento pela quantidade de livros lidos um tanto sem sentido. Então, diminui o ritmo de leitura e passei a decorar nomes de Faraós, relação de livros da Bíblia, nomes de países e suas capitais, vencedores do prêmio Nobel de Literatura, coisas assim.

Não posso dizer, em sã consciência, que tenha adquirido conhecimento, mas certamente passei a ter boa memória.

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