Se há algo que se possa dizer a respeito do filósofo Arthur Schopenhauer (1788-1860) é que ele não era ciumento. De jeito nenhum.
Como quase toda a Europa culta, Schopenhauer admirava Lord Byron, o poeta inglês, não exatamente pela qualidade de sua poesia, mas sim pela aura de liberdade, coragem e idealismo que o cercava.
No ano de 1808 o filósofo soube que o poeta estava em Veneza. Não pensou duas vezes: viajou à Itália somente para conhecê-lo, levando consigo uma carta de apresentação de Goethe. Byron, uma celebridade, não recebia qualquer um.
Tudo acertado, o filósofo descobriu que o poeta costumava cavalgar em um parque, em Veneza, a certa hora do dia. À mesma hora, dirigiu-se ao local acompanhado de sua amante italiana, Tereza.
Caminharam pelo parque até que avistaram Byron se aproximando, a certa distância. O momento pelo qual esperara durante tanto tempo finalmente chegara... e então Tereza fez um comentário besta, do tipo "esse homem lindo que vem aí é o poeta que você quer conhecer?"
Pronto. Byron passou, sem ter idéia do que acontecia. Schopenhauer conta que arrependeu-se amargamente. Teria sido melhor perder a namorada que perder a oportunidade de conhecer o poeta.
Pouco depois Byron estava morto, o filósofo já tinha outra amante e Tereza... quem é mesmo Tereza?
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