John Locke, o filósofo, viu acontecer a luta entre Carlos I e o parlamento, que resultou na ascensão ao poder de Oliver Cromwell, a guerra civil e a revolução burguesa. Em meio a isto tudo, vivenciou disputas religiosas em que a intolerância era a palavra de ordem.
Nada mais natural que escrevessse sobre a tolerância... sendo intolerante.
Locke queria vencer a intolerância religiosa com um pouco de racionalidade, mas só um pouquinho, porque defendia que todos os cristãos deviam praticar a tolerância entre si. Apenas entre si. Os ateus "não podem ser de todo tolerados", porque "negam o ser de Deus". O ateu, diz Locke, não é humano, porque nega os valores humanos. Assim, matar um ateu não é um ato desumano.
Mas, claro, um luterano deve aprender a conviver com seu irmãozinho calvinista e seu priminho católico.
Eu até tentei, mas não há como desculpá-lo alegando contexto histórico. Hobbes era contemporâneo de Locke.
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1 comment:
Oi Sofista, te mandei o e-mail, viu lá?
Abraço!
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