O MEC, que já havia aprovado a abertura de uma faculdade de astrologia, aprovou também a faculdade de umbanda, que já formou a primeira turma.
Bacharelado, ora pois. O licenciado certamente ficaria desempregado, porque nosso estágio atrasado de desenvolvimento espiritual e marcante interesse mercadológico não permitiria a um licenciado que ganhasse dinheiro dando aulas de umbanda em escolas de primeiro e segundo grau. Pelo menos, quero crer que não.
Se estiver interessado, trata-se da FTU, Faculdade de Teologia Umbandista, de São Paulo. Veja o site da FTU clicando no título deste post.
Verdade seja dita: se ainda há faculdades de teologia pelo país afora, coisa que já devia ter desaparecido há muito tempo, deve-se aceitar também faculdades de umbanda, quimbanda, espiritismo, reiki, islamismo, judaísmo, taoísmo, astrologia, tarot, numerologia, adoradores de saci-pererês, duendes e boitatás, parapsicologia, runas, quiromancia, bruxaria etc etc.
Tudo bem. Pode-se estudar a umbanda como folclore. Mesmo assim, é curioso que haja uma faculdade de folclore. Ou folclórica, melhor dizendo.
Eu gostaria mesmo é de cursar uma faculdade de vidência. Daria prá ganhar um bom dinheiro prevendo o futuro com qualificação superior, diplominha na parede, pós-graduação em vidência pós-moderna e mestrado em futurologia. O MEC aprovaria, com certeza. Daí teríamos, nós, os videntes graduados, um conselho com regulamentação e código de ética, que impediria os não-graduados (os videntes práticos) de exercer a profissão, e os graduados, de exercer a profissão em benefício próprio. Afinal, a vidência e a assistência social estão intimamente ligadas.
Ah, sim: a grande referência intelectual seriam as Centúrias, de Nostradamus.
E vamo que vamo!
Sunday, September 23, 2007
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
4 comments:
Legal! Há muito tempo não tinhamos atualizações nesse blog. Vamos torcer que as atualizações sejam frequentes a partir de agora.
Ôche,
quanto tempo, hein?!
Vejo mal não.
Eu até frequentaria, principalmente se dessem aulas de culinária de encruzilhada. Quem já esperimentou comida de terrero sabe como é boa. E além do mais, alimenta os necessitados. Quantas vezes já vi mendigo se banqueteando nas esquinas.
bjs
Tilhio!
Que bom vê-lo de novo por aqui. Pois é, já faz um tempinho que não escrevo. A vida tá corrida. Mas tentarei ser mais frequente.
Oi Anônimo!
Ôche! Nem sei mais o que é tempo. Só tenho uma vaga noção de que algo me falta. :-)))
Nunca experimentei comida de terrero. Engraçado como tudo parece se repetir. Os gregos festejavam as hecatéias, uns dez dias de festas dedicadas a Hécate, a deusa da escuridão, em que o principal ritual era deixar comida nas encruzinhas ao redor de Atenas, para alimentar os viajantes e os pobres. Junto com a refeição vinham três cachorros mortos. Que beleza, não? :-))) Hoje é galinha, mas no essencial não mudamos nada. :-)))
bjs
Post a Comment